sexta-feira, 29 de abril de 2016




            Tanto se critica e se estereotipa a educação e estrutura dos colégios estaduais e municipais, que não conseguia imaginar o que me esperava no primeiro dia de Pibidiano, contudo,  a primeira impressão é de que a estrutura do colégio E. E. Dr.Mariano da Rocha - Teixeiras - Mg mesmo que simples, é funcional. Diferente de Determinados colégios do centro de viçosa que possuem grades e correntes para fechar corredores e salas, a Escola em questão apresenta um ambiente mais tranquilo e aconchegante não remetendo a presídios e penitenciárias como muitos colégios atualmente, para evitar roubos e furtos.

            No decorrer do turno da manhã e folheando algumas provas do segundo ano, duas coisas me chamaram a atenção. A padronização das respostas discursivas assim como os erros, graves, de português. Seguindo o raciocínio de prova, por que um volume tão grande de provas a serem aplicadas ?

       O tempo em que se aplica diversas provas e trabalhos durante o ano perde-se tempo de conhecimento, aprendizado e interação entre professor e estudante que em muitos ocasiões seriam essenciais para o aprofundamento e debate da matéria dentro de sala de aula.  Me chamou a atenção também a faixa etária dos estudantes ali presentes, adolescentes que aparentemente não estavam atrasados no que corresponde a relação ano/idade. Contudo, o colégio oferece o programa do EJA, Escola para Jovens e Adultos, que pode dentro do período noturno apresentar essa situação de “atraso” escolar.

       Durante o turno da manhã me chamou a atenção a boa apresentação da turma do terceiro ano que apresentaram com qualidade o tema –  Plano cruzado – Apresentando fatos verídicos e falácias que circundaram o plano econômico, assim como com perspicácia levaram à turma o videoclipe da apresentação do até então presidente da república, José Sarney, apresentando o plano cruzado para a sociedade assim como ocorreria a mudança de moeda. 

Bolsista - Leonardo Brandão do Prado  



quinta-feira, 28 de abril de 2016

A GEOGRAFIA E A REALIDADE ESCOLAR CONTEMPORÂNEA: AVANÇOS, CAMINHOS, ALTERNATIVAS

A tarefa de ensinar Geografia O que preocupa o professor na atualidade? Que perguntas ele se faz? O que o aflige? Quais são os desafios ele quer e precisa enfrentar? Que questões permanentes são específicas do professor de Geografia? Como ele concebe seu trabalho e o papel social que exerce? Pela experiência om os professores, ao ouvir seus testemunhos, ao observar suas práticas, é possível perceber que seus questionamentos giram em torno de “estratégias” ou “procedimentos” que devem adotar para fazer com que seus alunos se interessem por suas aulas, para conseguir disciplina nas turmas, para garantir autoridade em sala de aula, para convencer os alunos da importância da Geografia para suas vidas. Ou seja, os professores de Geografia estão, freqüentemente, preocupados em encontrar caminhos para propiciar o interesse coletivo dos alunos, aproximando os temas da espacialidade local e global dos temas da espacialidade vivida no cotidiano. Clique aqui!!!!

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Chocolate, páscoa e trabalho infantil

Em setembro de 2015, foi apresentada uma ação judicial contra a Mars, a Nestlé e a Hershey alegando que estas estavam a enganar os consumidores que "sem querer" estavam a financiar o negócio do trabalho escravo infantil do chocolate na África Ocidental.

Crianças entre os 11 e os 16 anos (por vezes até mais novas) são fechadas em plantações isoladas, onde trabalham de 80 a 100 horas por semana. O documentário Slavery: A Global Investigation (Escravidão: Uma Investigação Global) entrevistou crianças que foram libertadas, que contaram que frequentemente lhes davam murros e lhes batiam com cintos e chicotes. "Os espancamentos eram uma parte da minha vida", contou Aly Diabate, uma destas crianças libertadas. "Sempre que te carregavam com sacos [de grãos de cacau] e caías enquanto os transportavas, ninguém te ajudava. Em vez disso, batiam-te e batiam-te até que te levantasses de novo."Em 2001, a FDA queria aprovar uma legislação para a aplicação do selo “slave free” (sem trabalho escravo) nos rótulos das embalagens. Antes da legislação ser votada, a indústria do chocolate - incluindo a Nestlé, a Hershey e a Mars - usou o seu dinheiro para a parar, prometendo acabar com o trabalho escravo infantil das suas empresas até 2005. Este prazo tem sido repetidamente adiado, sendo de momento a meta até 2020. Enquanto isto, o número de crianças que trabalham na indústria do cacau aumentou 51% entre 2009 e 2014, segundo um reltório de julho de 2015 da Universidade Tulane.


Como uma das crianças libertadas disse: "Vocês desfrutam de algo que foi feito com o meu sofrimento. Trabalhei duro para eles, sem nenhum benefício. Estão a comer a minha carne."

As 7 marcas de chocolate que utilizam cacau proveniente de trabalho escravo infantil são:
Hershey
Mars
Nestlé
ADM Cocoa
Godiva
Fowler’s Chocolate
Kraft

Fonte: http://camilavazvaz.jusbrasil.com.br/noticias/307331148/chocolate-pascoa-e-trabalho-infantil-conheca-as-sete-marcas-de-chocolate-que-utilizam-trabalho-escravo-infantil.

Assista ao documentário “O lado negro do chocolate” aqui.


domingo, 24 de abril de 2016

Bullying: Não é brincadeira...


Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.

O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.

As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.

Veja o restante da matéria no link: http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/bullying.htm

E veja uma entrevista com especialistas sobre o tema.





sexta-feira, 15 de abril de 2016

O LÚDICO NAS AULAS DE GEOGRAFIA

As aulas tradicionais, baseadas apenas na explanação do professor e na memorização do conteúdo, são extremamente desestimulantes para os estudantes. Nesse sentido, faz-se necessária a utilização de metodologias inovadoras e criativas que auxiliem no processo de ensino e de aprendizagem.

Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o professor deve evitar as aulas tradicionais, utilizando recursos didáticos que estimulem os alunos (aulas práticas, utilização de maquetes, fotografias aéreas, imagens de satélite, recursos lúdicos, entre outros).

A utilização de metodologias puramente teóricas nas aulas de Geografia promove o desinteresse em relação à disciplina. Portanto, uma boa sugestão para que as aulas se tornem mais dinâmicas e estimulantes, além de despertar a criatividade, é a utilização da educação lúdica como recurso metodológico.

Os jogos devem ser realizados de modo que haja compatibilidade com o ensino da Geografia. Uma boa forma de se confeccionar jogos e promover a Educação Ambiental é através da utilização da Política dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar). Essa metodologia visa à integração e à conscientização ambiental dos estudantes.

Primeiramente, elucide sobre cada item da Política dos 3 R’s. Posteriormente, apresente um quadro do tempo de decomposição de determinados materiais na natureza. Em seguida, entregue aos alunos garrafas pets, latinhas de alumínio, papéis, revistas, entre outros materiais que poderiam ter como destino o lixo.

Quadro do tempo de decomposição de alguns objetos



Desenvolva jogos como: boliche (com garrafas pets), dama (com tampinhas de garrafa), quebra-cabeças e jogos de memória (com revistas), além de porta-objetos (com latinhas). Para verificar a aprendizagem dos estudantes, divida a turma em quatro grupos e realize uma competição de perguntas e respostas. Aborde questões sobre a Política dos 3 R’s, a importância dessa política para a preservação ambiental, o quadro do tempo de decomposição dos objetos, entre outros assuntos pertinentes.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Migrações Ilegais

Anualmente milhares de pessoas – muitas delas fugindo de conflitos na África e no Oriente Médio – arriscam suas vidas cruzando o Deserto do Saara e o Mar Mediterrâneo em veículos e barcos precários para chegar à Europa.
Organizações não-governamentais estimam que aproximadamente 20 mil pessoas podem ter morrido tentando chegar à Europa nas últimas duas décadas.
Para ter um diagnóstico mais preciso do problema, a Frontex (agência europeia de fronteiras) e o Centro Internacional para Desenvolvimento de Políticas Migratórias produziram uma série de mapas que identificam as maiores rotas centros de concentração usados pelos migrantes na região.
Nos dois casos mais recentes, centenas de imigrantes ilegais morreram em dois naufrágios. No primeiro deles, ocorrido na quinta-feira, até 500 pessoas estavam em uma embarcação que afundou perto da Ilha de Malta, no Mediterrâneo.
A Organização Internacional de Imigração citou dois sobreviventes palestinos, que alegam que traficantes afundaram de propósito o barco após uma discussão a bordo. As autoridades maltesas ainda não comentaram o incidente.
A maior parte dos migrantes que cruzam o Mediterrâneo a partir da Líbia e da Tunísia são originários da Eritrea e da Somália. Contudo, a guerra civil na Síria está elevando o número de sírios que também usam essa rota.
No último ano, intensificou-se ainda mais a saída de imigrantes a partir Líbia. Traficantes de pessoas estão se aproveitando do caos político no país, onde milícias rivais estão em conflito, tornando o país um importante ponto de partida em muitas destas viagens.
No último mês, foram registrados ao menos quatro naufrágios de barcos que partiram do país. O número de usuários das várias rotas ao longo do Mediterrâneo tem fluxo e refluxo.
De 2008 a 2012, um grande número de migrantes cruzou o mar entre a Turquia e a Grécia pela chamada Rota do Mediterrâneo do Leste, segundo a Frontex. Para fazer frente a isso, a Grécia reforçou seus controles de fronteira com mais 1,8 mil policiais.
Mas a Frontex diz que a área continua problemática e aponta para "incertezas relacionadas à insustentabilidade dos esforços (gregos) e evidências de que os imigrantes aguardam na Turquia pelo fim da operação".
Na última década, a rota que passa pelo centro do Mediterrâneo tem experimentado picos periódicos no tráfego de imigrantes.
Dados da Acnur sugerem que cerca de 25 mil pessoas chegaram na Itália a partir do norte da África em 2005. Esse número diminuiu para cerca de 9,5 mil em 2009.
Porém em 2011 esse número voltou a crescer atingindo a marca de 61 imigrantes. A alta foi motivada pelo conflito da Líbia, que culminou com a queda do coronel Muammar Khadafi.
No começo da década, a rota mais popular entre imigrantes ilegais era entre o oeste africano e a Espanha. Ela incluía territórios espanhóis no norte da África como Ceuta e Melilla e as Ilhas Canárias.
Aproximadamente 32 mil imigrantes teriam usado esse caminho em 2006, porém o número caiu para cerca de 5,4 mil em 2011.




sábado, 9 de abril de 2016

Territorialização e a criação de novos estados no Brasil

A divisão territorial interna do Brasil é uma discussão que sempre esteve em pauta nos debates acerca da geografia política brasileira. Prova disso são os inúmeros projetos de leis que circulam na câmara dos deputados e no senado nacional, para criar novos estados e municípios.
O mais recente é o caso do plebiscito popular realizado no estado do Pará, pelo qual os cidadãos tiveram o poder de decidir sobre a criação dos estados de Tapajós e Carajás, dividindo o atual estado do Pará em três. A votação do plebiscito foi realizada no dia 11 de dezembro de 2011, sendo a proposta negada pela maioria dos cidadãos do Estado. Vale lembrar que,só a população da cidade de Belém, capital do estado do Pará, que deixaria de representar o poder central de todo o território paraense, com o papel de capital, é maior do que a população total da unidade da federação proposta de Tapajós[1], deixando claro um desequilíbrio eleitoral em favor do voto contra a divisão do Estado. Nas capitais das unidades propostas para serem criadas, Santarém e Altamira, a aceitação para a criação dos novos estados chegou a 98%, já em Belém, capital do Pará, a negação chegou a 95%. Muito embora a possibilidade de criação desses novos Estados tenha aparecido como uma coisa nova, Carajás e Tapajós já existiam como proposta de se constituírem como unidades políticas autônomas desde meados do século XIX. Ao contrário do que é comumente divulgado, as propostas que surgem para a compartimentação interna do país não são recentes. Esse fenômeno chamou a atenção na revisão da última carta constitucional no ano de 1988, quando inúmeros projetos foram apresentados, mas somente um foi aprovado, o estado de Tocantins. A transformação de certas áreas em estados é um fenômeno recorrente na história do país. Esse ensaio procura justamente demonstrar historicamente as propostas de divisão territorial brasileira, comparando-as com as propostas em exame pelo congresso Nacional. Desta maneira pode ser possível constatar que, certas áreas dentro do Brasil, demandam sistematicamente pela sua emancipação, o que tornaria oportuno um debate mais aprofundado sobre o porquê dessa permanência histórica.

Fonte: 
TERRITORIALIZAÇÃO E A CRIAÇÃO DE NOVOS ESTADOS NO BRASIL
Adilar Antônio CigoliniDepartamento de Geografia – Universidade Federal do Paraná
adilar@ufpr.br
João Francisco M. M. NogueiraDepartamento de Geografia – Universidade Federal do Paraná
joaogeo@ufpr.br
Scripta Nova 
REVISTA ELECTRÓNICA DE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES 
Universidad de Barcelona. ISSN: 1138-9788. Depósito Legal: B. 21.741-98 
Vol. XVI, núm. 418 (10), 1 de noviembre de 2012

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terça-feira, 5 de abril de 2016

Mapa Mental

O mapa mental no ensino de geografia: concepções e propostas para o trabalho docente A proposta de Denis Richter neste livro - fruto de pesquisa de campo realizada com alunos da 3.a série do ensino médio de Presidente Prudente (SP) - é investigar o raciocínio geográfico desenvolvido pelos estudantes a partir do ensino da Geografia em unidades de ensino públicas e privadas.
Partindo da construção de mapas mentais da cidade, Richter analisou e interpretou o raciocínio geográfico formado ao longo da educação básica, identificou e avaliou os conteúdos que os alunos possuíam de Geografia e levantou como eles utilizavam a linguagem espacial para expressar seus conceitos espontâneos e científicos.
A produção desses mapas mentais revelou ainda os conceitos que os alunos desenvolvem sobre a organização e a estrutura da cidade, bem como sobre os processos que, no entender deles, determinam os diferentes contextos do espaço urbano.
O objetivo de fundo do livro de Richter é oferecer subsídios para que o ensino da Geografia proporcione um "novo olhar" sobre seu contexto sócio-cultural. Citando Milton Santos, o autor afirma que esse olhar está relacionado ao estudo do espaço, ou seja, ao estabelecimento de relações com os objetos e arranjos espaciais que compõem a sociedade - a totalidade.

Acesse o link e baixe o livro gratuitamente.