quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Países com melhores sistemas de ensino podem inspirar soluções

Como os países com os melhores sistemas educacionais do planeta conseguiram esse feito? Em busca de respostas a essa pergunta, um recente estudo da consultoria americana McKinsey, chamado Como os Sistemas Escolares de Melhor Desempenho do Mundo Chegaram ao Topo, identificou as medidas que levam esse seleto grupo de nações aos lugares mais altos nos rankings dos exames internacionais. As descobertas foram sintetizadas em quatro lições: selecionar os melhores professores, cuidar da formação docente, não deixar nenhum aluno para trás e capacitar equipes de gestores. Com exceção dessa última medida, relativa à importância da liderança escolar, as outras três confirmam algo que inúmeros estudos anteriores já apontavam: a qualidade do professor é a característica que mais influencia a aprendizagem.

Não por acaso, a receita dos sistemas de sucesso não abre mão de um ingrediente básico: estímulo contínuo à formação docente completa e de qualidade, seja ela inicial ou continuada. Mesmo países com desempenho intermediário nos exames internacionais - caso de Reino Unido e Estados Unidos - colheram bons resultados nas vezes em que decidiram apostar nessa receita. Para entender como também nós podemos avançar na área, NOVA ESCOLA investigou como Coréia do Sul, Finlândia e Japão, países considerados modelos em Educação, preparam seus educadores. E, nos depoimentos de três deles (leia nesta página e na página seguinte), é possível conferir como é trabalhar em lugares que tratam o professor como prioridade.

Faculdade que forma

O relatório da consultora McKinsey é taxativo: o conhecimento do docente e sua atuação em sala de aula são decisivos para o desempenho da turma (confira no gráfico da página ao lado os resultados de uma pesquisa sobre o tema no estado americano do Tennessee). A constatação só aumenta a importância da formação inicial, que passa a ter uma dupla função: recrutar os melhores profissionais e garantir que eles adquiram conhecimentos relevantes para a prática.

Na Coréia do Sul, os futuros professores do Ensino Fundamental são selecionados entre os 5% dos alunos com melhor desempenho no Ensino Médio. Como os salários da carreira são bons e as vagas em universidades são poucas - apenas 6 mil por ano (leia mais no quadro da página 61) -, a concorrência é grande. Os candidatos só garantem um lugar na graduação após terem seu histórico escolar avaliado e tirarem pontos altíssimos em uma prova. Contam também para a seleção o conhecimento em línguas e Matemática e as habilidades de comunicação, básicas para quem ensina. O número de alunos que freqüentam os cursos superiores atende apenas à demanda para que todos tenham um trabalho garantido. 

Concluir essa etapa da formação também não é fácil. São quatro anos em período integral, com estágios em escolas que funcionam dentro da universidade, onde os futuros professores são acompanhados por tutores. Terminada a graduação, é hora de fazer o mestrado - uma formação obrigatória para lecionar.


No dia-a-dia, o educador é avaliado constantemente por diretores ou outros professores durante reuniões semanais. A estrutura também é digna de um país com altíssimo desenvolvimento tecnológico: salas equipadas com telões de plasma, televisões e computadores com acesso à internet. 

Ensinar para todos

"Qualidade para todos e para cada um." Se existe um país que segue esse preceito à risca é a Finlândia. Além de ocuparem os primeiros postos nos exames do Pisa, os finlandeses ostentam o recorde de escolas com menor variação de notas entre as 57 nações avaliadas. Os grandes responsáveis por essa performance notável são os programas de apoio aos alunos com dificuldade de aprendizado. E, claro, professores preparados para a tarefa de ensinar para todos, respeitando a diversidade e o ritmo de cada estudante.

O "milagre" finlandês atende pelo nome de Educação Especial, que se divide em duas modalidades de ensino. A primeira, que atende cerca de 8% dos estudantes, é organizada para auxiliar aqueles com deficiências físicas, mentais ou emocionais mais graves. A segunda, freqüentada por um em cada três alunos, é um reforço no contraturno para quem tem dificuldades leves de adaptação ou de aprendizado, especialmente em línguas e Matemática. Essa iniciativa é concentrada nos primeiros dois anos da Educação Básica, para garantir que os fundamentos sejam bem aprendidos por todos. Ao longo da vida escolar, cerca de 20% das crianças e dos jovens passam pelas aulas suplementares no contraturno, índice muito acima da média internacional, de 6%. 

Professores das duas modalidades de Educação Especial são muitos: há um deles para cada sete educadores regulares. Esses profissionais passam por uma formação diferenciada: freqüentam um curso universitário específico, que dura cinco anos em período integral. Além dos assuntos tradicionais da formação docente, o currículo inclui estudos específicos para a tarefa de ensinar quem tem mais dificuldade: Aspectos Neurocognitivos da Aprendizagem, Desafios da Compreensão e Sociedade, Deficiência e Educação são algumas das disciplinas. Ao todo, cerca de 30% da carga horária é dedicada a esses temas. Na prática, a formação cuidadosa é completada por uma rede de apoio ao professor, que tem à disposição uma equipe de psicólogos, psicopedagogos e consultores para ajudá-lo a resolver os problemas da sala de aula.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Cartografia Tátil

Para os cartógrafos os mapas são veículos de transmissão de conhecimento. Dos mapas retiramos informações para a compreensão do espaço geográfico neles representados. Entretanto, o deficiente visual sempre teve dificuldade, parcial ou total, de usufruir desse instrumento de representação, muito utilizado por professores de Geografia e de outras áreas do conhecimento. Como compreender o mundo sem vê-lo? Sem mapas para lhe auxiliar na construção de um conceito tão abstrato como o do espaço geográfico? 
A linguagem tátil é a mais utilizada no ensino de Geografia para deficientes visuais. Quando aplicada ao ensino de Cartografia, auxilia o aluno na elaboração de seus mapas mentais, além de aumentar sua autonomia nas interpretações e análises sobre um determinado espaço geográfico (principalmente sobre aquele que vivem e atuam). 
Mas o que vem a ser a Cartografia Tátil? Em resumo, seria a confecção de mapas e outros produtos cartográficos (plantas, cartas, croqui, gráficos etc) de forma que possam ser lidos por deficientes visuais (cegos ou de baixa visão).


Acesse  o link a seguir:

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Sotaques brasileiros

De onde vem o nosso sotaque?
Após observar um pouco, notei que o nosso sotaque normalmente se forma de acordo com a localidade que nós aprendemos a falar. Geralmente, o ambiente e as pessoas que convivem conosco até por volta dos seis anos de idade é que definem o nosso jeito de falar. Descobri isso graças a um colega paranaense na faculdade que tinha um sotaque 100% pernambucano – e isso me intrigou um pouco, pois as pessoas nascidas no Paraná deveriam ter, teoricamente, um sotaque paranaense. Só que esse meu colega, apesar de ter nascido no Paraná, foi para Pernambuco ainda bebê e lá permaneceu por praticamente a vida inteira. Foi o local onde ele cresceu que determinou o seu modo de falar, o que torna esse fato praticamente uma regra. Já tive também colegas nascidos no exterior e que mal sabiam falar as línguas de seus países de origem, o que reforça a certeza de que é o lugar onde crescemos que influencia o nosso sotaque.

Claro que também ocorre uma adaptação natural quando mudamos de uma região para outra. O convívio com as pessoas de um determinado lugar nos faz adquirir novos hábitos, novas gírias e novas pronúncias. Mas a presença do sotaque "de berço" costuma prevalecer por estar mais enraizado na região do nosso cérebro responsável pela linguagem.


Veja o restante da matéria no link a seguir:

Caso se interesse mais pela temática entre no site do projeto: Atlas linguístico do Brasil.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Atlas do trabalho escravo no Brasil

Idealizado pela organização Amigos da Terra - Amazônia Brasileira e lançado, o Atlas do Trabalho Escravo no Brasil traz dados sobre os casos registrados de trabalho forçado no país e duas novas ferramentas para auxiliar autoridades na formulação de políticas públicas: os índices de probabilidade de trabalho escravo e de vulnerabilidade ao aliciamento.” 
O Atlas do Trabalho Escravo no Brasil caracteriza pela primeira vez a distribuição, os fluxos, as modalidades e os usos do trabalho escravo no país, nas escalas municipal, estadual e regional, utilizando fontes ofi ciais e consolidadas. Também aponta as associações mais frequentes do fenômeno, como aquela com o desmatamento. Além do diagnóstico inédito, o Atlas oferece dois produtos novos para a sociedade brasileira: o Índice de Probabilidade de Trabalho Escravo e o Índice de Vulnerabilidade ao Aliciamento. No primeiro caso, trata-se de uma ferramenta inovadora e essencial para gestores de políticas públicas, que pode contribuir expressivamente para o planejamento governamental da sustentabilidade socioambiental. É uma ferramenta de avaliação de risco: um risco baixo não deve levar a subestimar o problema, mantendo as políticas de due diligence convencionais. Já um risco alto deve levar a cautelas especiais.





Quanto pesa uma nuvem

Quando saímos na rua e vemos a nuvens lá em cima, raramente pensamos do que elas são feitas. E por flutuarem levemente pelo céu, pensamos que devem ser bem leves, mas a verdade é bem diferente.
Não, elas não são feitas de algodão. As nuvens são formadas por vapores de água vindos de rios, mares, poças, aquele balde cheio que você esqueceu na área de serviço e muitas outras coisas, até mesmo sujeira lançada pelos carros e indústrias.
Conforme a água vai evaporando aqui em baixo, ela tende a subir até grandes altitudes, que podem variar de 2 a 6 quilômetros. E a altura em que ela se encontra também dita sua composição. Quando uma nuvem está mais embaixo, normalmente é feita de gotículas de água, já quanto esta nas alturas, perto de 6 quilômetros longe do solo, ela é composta basicamente de cristais de gelo.
Sim! E apesar de estarem flutuando acima de nossas cabeças, elas pesam muito mais do que um dia você imaginou.
Claro que, como existem muitos tamanhos e tipos de nuvens, vamos usar valores aproximados. Uma nuvem pequena, daquelas branquinhas bonitinhas que você vê todo dia, pesa mais ou menos o peso de 100 elefantes (que pesam em média 5 toneladas) e uma grande nuvem de tempestade pode pesar o equivalente a 200 mil elefantes!

Veja o vídeo - Quanto pesa uma nuvem produzido pela TV Escola. - Boa leitura.



quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

O PCN DE GEOGRAFIA: DA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA À FENOMENOLOGIA

Um novo paradigma produtivo na economia do sistema do capital constitui- -se hoje no que se passou a chamar de reestruturação produtiva desse sistema. Tal processo necessita um “novo” trabalhador mais adaptado, apto, e multifuncional para essa nova forma de produzir e onde a constituição desse trabalhador tenha nas competências cognitivas de atributos individuais sua relação com o mundo do trabalho. A “formação” desse novo trabalhador encontra na escolarização (na escola) e no currículo uma importância grande, visto que a primeira é o lócus privilegiado de formação e o segundo uma espécie de roteiro por onde passa essa formação. No caso do currículo, os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN de Geografia (um currículo oficial) propõe uma abordagem fenomenológica para a disciplina, o que a aproxima nesse universo da reestruturação produtiva.

Autor: Marcos Soares - Doutorando em Geografia Humana FFLCH – USP.

Fonte: SOARES, Marcos. O PCN de Geografia: da reestruturação produtiva à fenomenologia. Boletim Paulista de Geografia. São Paulo, n. 93, 2013.


Leia no novo número da Revista Giramundo

Artigos
Sérgio Claudino
7-19

Viviana Zenobi, Melisa Estrella, Andrés Flouch
21-30

Juan Carlos Colomer Rubio, Yan Navarro
31-38

Daniel Llancavil
39-49

Marcio Ferreira Nery Corrêa
51-68


Andreia Cristina Teixeira Tocantins, Rosângela Veiga Júlio Ferreira, Camila Silva Pinho


69-7

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Jogos em Geografia

Entendemos que a busca de novas linguagens e metodologia para o ensino de Geografia pode incluir várias outras possibilidades, entretanto, como uma forma de recorte tem·tico optamos por nos deter na questão dos jogos. Quando falamos em jogos, temos de levar em consideração o nível de conhecimento, a dinâmica de funcionamento e o grau de utilidade que esse jogo ir· proporcionar aos alunos e n„o apenas aplicá-los como uma espécie de passatempo para distrair os alunos. O jogo vem como um estÌmulo tanto para melhor compreens„o do conte˙do, quanto para o crescimento e o desenvolvimento intelectual do aluno ñ fundamental para atingir a responsabilidade e a maturidade. … uma forma de aproximar o conte˙do aos alunos motivando-os a estudar de forma mais atrativa. Não defendemos o jogo pelo jogo, pois parece uma situação, o pouco estruturada e sem perspectivas relevantes quanto ao processo de desenvolvimento dos indivíduos. Estamos pensando no seu uso como recurso pedagógico, pois no jogar o aluno articula tanto a teoria quanto a prática, fazendo com que ele estude sem perceber tornando o processo de ensino- aprendizagem mais interessante e atrativo. Por meio do jogo, liberam-se tensões, desenvolvem-se habilidades, criatividade, espontaneidade, o indivíduo acaba jogando no como uma obrigação, mas como algo livre. Surge, pois, o prazer. … esse aspecto que o professor de Geografia não deve ignorar ou desaproveitar. Empregando o jogo ao conteúdo adequado, os alunos poder„o trabalhar em situações altamente motivadoras, principalmente quando aplicado a conte˙dos de difícil assimilação.

Fonte: VERRI, Juliana Bertolino; ENDLICH,  Ângela Maria. A utilização de jogos aplicados no ensino de Geografia. Revista Percurso - NEMO Maringá, v. 1, n. 1 , p. 65-83, 2009