domingo, 27 de setembro de 2015

A diferença de Limite e Fronteira.

É importante destacar dois significados ou campos de referência diferentes assumidos no uso atual da expressão “limite”. Geralmente, em ambos os casos, a noção de limite carrega consigo algo do campo semântico no qual residem também os significados de extremidade, de descontinuidade e de término. Primeiramente, o uso do termo serve para referenciar mais diretamente uma marcação ou uma linha que resultam numa determinada configuração espacial, a partir da qual uma área, região ou território ganham seus contornos. Essa forma de emprego reforça os significados originais da palavra. “A palavra limite, de origem latina, foi criada para designar o fim daquilo que mantém coesa uma unidade político-territorial” (Machado, 1998). Nesse caso, circunscreve-se o lugar, a região ou o território e este ganha suas definições, ou mais especificamente seus limites, no contato com o exterior. É nesse sentido que a palavra assume um conteúdo propriamente espacial e passa a fazer parte do vocabulário dos geógrafos, militares e estadistas preocupados com a definição e edificação da soberania.
8Num outro universo de significação, a noção de limite pode ser aplicada para expressar a exaustão, a impossibilidade e o fim de um processo ou atividade. Remetendo-se mais especificamente, nesse caso, ao funcionamento de um corpo social ou natural no tempo, o uso da noção de limite faz referência à duração. Remetendo-se a suas próprias possibilidades intrínsecas, o uso da expressão limite aparece ligada mais ao funcionamento lógico. Dessa forma, a palavra limite também demarca sincronicamente o ponto exato de sua morte – morte no tempo – ou a impossibilidade estrutural do prosseguimento de determinada conjunção.
9De qualquer forma, em ambas as possibilidades de emprego da palavra limite, ela se volta para o interior do corpo ao qual faz menção. O limite diz respeito ao conjunto cercado entre os contornos que se remetem a uma identidade interna, e portanto ele é voltado para dentro, seja em relação ao território ou às possibilidades de definição e continuidade de determinado arranjo social – do que se entende por capitalismo, por exemplo. Ele não faz menção ao que “não é”, mas somente ao que termina ou encontra o seu fim num determinado ponto ou linha – no espaço, no tempo ou a partir de uma configuração interna (lógica).
10Diferente, no entanto, é o sentido que foi atribuído à noção de fronteira. “A fronteira está orientada ‘para fora’ (forças centrífugas), enquanto os limites estão orientados ‘para dentro’ (forças centrípetas)” (Machado, 1998). O sentido mais forte do termo, entretanto, e o campo no qual essa discussão assumiu um contorno conceitual mais preciso, seja no campo jurídico ou no da ciência geográfica, se remete às categorias espaciais e, mais especificamente, à fenômenos e definições que ganham existência no território. Isso se deveu em grande medida ao comportamento, à dinâmica e ao modus operandiinseparáveis do Estado territorial moderno. Nesse sentido, segundo Lia Osório Machado,
11“A gênese da noção de ‘fronteira’ é diferente e muito mais antiga daquela de limite internacional. A literatura considera o Império Romano e o Império da China como casos paradigmáticos na investigação das origens da concepção de fronteira e da evolução de seu significado no tempo. Os romanos, por exemplo, não tinham interesse em estabelecer limites aos seus domínios; no entanto, criaram um sistema administrativo e defensivo de fronteira (período dos Augustos), primordialmente para dificultar a expansão dos povos bárbaros nas fímbrias do Império” (Machado, sem data).
12Stephen Jones aponta com clareza para uma dinâmica, própria da fronteira, que se desenha em contraposição ao imobilismo sugerido pelos limites, tais como são concebidos atualmente pelo moderno sistema interestatal (ver Arrighi, 1996; e Machado, sem data). A confusão recorrente entre limites e fronteiras guarda armadilhas para o pensamento, nem sempre visíveis. A legalidade, presente na concepção atual de “limite”, a qual recorre o Estado e o moderno sistema interestatal para a definição territorial dos poderes concorrentes, foi extraída da esfera privada de regulação da propriedade, mais especificamente do Direito Civil romano. “A ager publicus ou domínio público não tinha limites; terminava em algum lugar mas o fim não era especificado por nenhuma linha legalmente relevante (a expressão usada era fines esse)” (Machado, sem data). Em sua concepção atual, disseminada pelo uso do léxico estatal-legalista, “o limite não está ligado à presença de gente, sendo uma abstração, generalizada na lei nacional” (Machado, 1998). A indefinição legal da situação de “fronteira”, em contrapartida, implica frequentemente num tipo de mobilidade congênita, contrariando as tendências imobilizadoras impostas pelo limite. Nesse sentido, o caráter extrovertido da situação de fronteira sugere uma ampliação das possibilidades, uma tendência à expansão (do corpo lógico, social ou ecológico) que ignora as definições impostas pelos limites internos, muitas vezes ultrapassando e desrespeitando as definições legais dos poderes jurídicos e regulamentadores do Estado, justamente enquanto a conformação introvertida do limite sugere a restrição e o contorno do universo em questão.
13“A palavra fronteira implica, historicamente, aquilo que sua etimologia sugere – o que está na frente. A origem histórica da palavra mostra que seu uso não estava associado a nenhum conceito legal e que não era um conceito essencialmente político ou intelectual. Nasceu como um fenômeno da vida social espontânea, indicando a margem do mundo habitado. Na medida que os padrões de civilização foram se desenvolvendo acima do nível de subsistência, as fronteiras entre ecúmenos tornaram-se lugares de comunicação e, por conseguinte, adquiriram um caráter político. Mesmo assim, não tinha a conotação de uma área ou zona que marcasse o limite definido ou fim de uma unidade política. Na realidade, o sentido de fronteira era não de fim mas do começo do Estado, o lugar para onde ele tendia a se expandir” (Machado, 1998).
14Nesse sentido a fronteira faz referência também ao que é externo, ao contrário do limite, que permanece voltado para o seu interior. Ela se projeta como zona de comunicação e incorporação mútua entre o mundo externo e o interior, mas, simultaneamente, dá ganho de causa ao segundo sobre o primeiro, representadas aí todas as forças expansionistas das sociedades dinâmicas de fronteira.
SANTOS, C. R. Sobre limites e fronteiras: a reprodutibilidade do estoque territorial para fins da acumulação capitalista. Revista consfins, São Paulo, n. 12, 2011.



quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Conheça o blog do Canta Cantos

  O Projeto
 


Canta Cantos é um projeto de divulgação do conhecimento geográfico. Criado por Lucas Mello seu objetivo é divulgar formas alternativas de se fazer Geografia.

Atualmente o Canta Cantos se estrutura como um projeto do tipo “guarda-chuva”. Isso quer dizer que pretendemos simultaneamente abrigar, receber e incentivar diferentes propostas cujas metas estejam relacionadas, principalmente, com a divulgação do conhecimento geográfico.

Outros objetivos do projeto são:
valorizar outras formas de saber, científicas ou não;
diminuir o desperdício de informação científica;
contribuir para a formação de outra idéia de Geografia.

Rádio, televisão e internet, música, fotografia e histórias em quadrinhos são alguns dos meios e instrumentos de comunicação usados no Canta Cantos. Navegue pelas páginas do blog e saiba mais sobre nossas iniciativas.
 
Acesse: http://www.cantacantos.com.br/blog/?page_id=7466
 
 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Migração Humana

O projeto genográfico, realizado pela National Geografic Society, revela atravéz de coletas de DNA, as migrações humanas pré-históricas que povoaram todo o planeta. O DNA foi colhido na região de Astória, Queens, Nova York, uma das regiões com diversidade étnica do planeta. Atravéz desse DNA, eles construiram um mapa com a migração humana, como mostra o mapa a seguir.





       Com base neste mapa, pode-se dizer que a migração não é um fenômeno recente, sempre houve em diferentes períodos ao longo da história. Podemos citar a marcha dos judeus em busca da terra prometida; as invasões dos chamados povos do mar; as dos godos na Baixa Idade Média; as que no Novo Mundo marcaram a chegada de povos indígenas procedentes da Ásia. E, por suposto, não podem esquecer-se dos milhões de mulheres e homens que chegaram a diversos lugares desse continente, a partir do encontro iniciado por Cristóvão Colombo. Mas, apesar destes e outros grandes movimentos de povos, constatamos que atualmente no início do terceiro milênio de nossa era, novas formas de migrações de milhares de pessoas constituem uma realidade dramática em si mesma, e aos olhos de alguns parecem ameaçadoras.  
      Os principais cenários nos quais ocorrem atualmente as migrações são: Europa e Estados Unidos. Talvez Austrália e Nova Zelândia estejam também destinadas a ser. Em poucas palavras, pode-se afirmar que tais migrações ocorrem desde regiões abatidas economicamente para os países considerados florescentes e prósperos. 
        Na Europa os movimentos migratórios provêem tanto do norte da África ou dos países subsaarianos e também da antiga Europa do Leste e de outros países como do Equador e da Colômbia. Na América ocorre para os Estados Unidos a partir do México, do Caribe e de vários países da América Central e da América do Sul. Dramáticas são as notícias sobre os subsaarianos que cruzam por mar em frágeis embarcações ou saltando as barreiras levantadas para impedir sua entrada em lugares como Ceuta e Melilla. Trágicas também são as centenas de mortes de mexicanos e outros latino-americanos que se arriscam a entrar nos desertos do sudoeste dos Estados Unidos. 
        O que se deve fazer diante desta realidade? Os países ricos procuram fechar suas portas, isso é um fato. No caso dos europeus, eles parecem esquecer que, como potências colonialistas, exploraram até onde puderam os países de onde vêm atualmente os imigrantes. E no caso dos Estados Unidos, seus governantes parecem ignorar que sua grandeza se originou em grande parte nas intervenções e aproveitamentos perpetrados na América Latina. Não foram eles os que, numa guerra de conquista infame, arrebataram do México a metade de seu território? 
      Os países desenvolvidos recusam quase sempre dialogar sobre o tema da migração. Por um lado, necessitam da mão-de-obra barata. Por outro, temem a invasão de pessoas que lhes parecem indesejáveis. Esta tensão vai-se prolongar indefinidamente? Que possibilidades existem pelo menos de resolver este problema acutíssimo? 
      Os movimentos migratórios, muitas vezes erráticos, são de tal magnitude que todos os envolvidos devem participar na busca de possíveis respostas. A dizer todos os envolvidos devemos pensar nos governos e nos povos dos países emissores de migrantes e também dos países receptores. Seria uma quimera e uma violação dos direitos humanos que os países desenvolvidos tentassem obrigar os emissores a impedir pela força ou de qualquer outra forma que seus cidadãos se deslocassem livremente para onde quisessem. Mais que outra coisa deve ser analisada demoradamente qual é a causa principal desses deslocamentos. A resposta é dada por umas quantas palavras: o motivo fundamental é de caráter econômico.
    Os migrantes deixam tudo em seu país, visando participar do desenvolvimento que pensam que existe e encontrarão no país ao qual, por todos os meios, tentam penetrar. A África subsaariana sempre esteve atada à economia dos países europeus, durante os anos de colonialismo. Mas teve uma vinculação não só assimétrica, mas de exploração de seus recursos para proveito dos outros. Agora, os migrantes europeus outra relação. Procuram melhorar suas condições de vida e as de seus familiares, prometendo-lhes enviar remessas de uma parte do dinheiro que ganharem. 
       Mas será que todos ou a maioria dos migrantes atingem seus propósitos? As dificuldades que enfrentam, desde o momento em que deixam sua terra, são enormes, e em certas ocasiões as adversidades significam a perda de suas vidas. Além disso, quando conseguem entrar nos países receptores, estes com freqüência os expulsam de volta aos seus lugares de origem.

Por estas e outras razões devemos nos perguntar: podemos participar, para o nosso próprio bem, do desenvolvimento dos prósperos e poderosos? Penso que pode haver um meio de solucionar este problema e vou esboçá-lo. Se os governos emissores e receptores se reúnem e discutem a criação de centros de produção nos países emissores, financiando tais centros com recursos multinacionais, poderá vislumbrar-se um caminho de associação e participação na economia dos desenvolvidos. Não estou pensando na instalação de um maior número de fábricas maquiadoras, montadoras ou de acabamento de produtos manufaturados nos países desenvolvidos. Penso na criação de núcleos de produção organizados com participação econômica de emissores e receptores. Os emissores podem proporcionar o terreno e determinadas matérias-primas, assim como a mão-de-obra. Os desenvolvidos contribuirão com os recursos de capital necessários.

Em um princípio os diretores virão dos desenvolvidos, mas com o tempo deverão ser capacitados outros do país onde for estabelecido o centro de trabalho. Vigiar-se-á que a mão-de-obra tenha condições aceitáveis de trabalho e salários justos. Ademais tentar-se-á dar-lhes participação nos lucros da empresa. Esta produzirá bens e outros insumos requeridos, principalmente, pelos antigos receptores. Aqueles que eram forçados a migrar para participar da economia dos países desenvolvidos poderão melhorar sua situação econômica sem ter que abandonar sua terra. Sua melhoria econômica mudará suas condições de vida. A antiga e desgarrada assimetria entre emissores e receptores será atenuada.

Se o projeto se concretizar, os movimentos migratórios diminuirão. Os desenvolvidos não ficarão agoniados com a entrada de milhares de pessoas que tentam entrar em seu território, inclusive com violência e começarão a ter outras formas de relacionamento mais justas e humanas com os povos que durante séculos foram explorados. Será que isso poderá converter-se em uma nova forma de globalização econômica positiva? As pessoas que trabalharem nesses centros não abandonarão seu país e seus costumes, melhorarão suas vidas em sua própria terra. Isso é uma utopia? Será que não vale a pena os economistas ponderarem propostas como esta e os políticos considerarem sua viabilidade? O que realmente repugna é pensar que uns poucos tenham o direito a viver bem e na opulência, enquanto que as maiorias vegetam na pobreza e muitas vezes também na miséria.

Miguel León-Portilla é antropólogo e historiador mexicano




terça-feira, 15 de setembro de 2015

Nova realidade dos povos indígenas da América Latina

Os povos indígenas vêm ocupando espaços em organismos internacionais, como a ONU, por meio da comissão de Direitos Humanos, dos grupos de trabalho e do Fórum Permanente da ONU para os Povos Indígenas. Tal movimentação pode ser encarada como parte do processo de libertação na América Latina, no qual seu povo originário tem readquirido o espaço que lhe foi privado desde os tempos coloniais.

Os habitantes do continente americano no período de seu descobrimento foram nomeados erroneamente de índios por Cristóvão Colombo, por acreditar que tivesse aportado nas Índias Orientais por um caminho alternativo. Desses habitantes tem-se sempre duas imagens marcantes: de um lado, um povo guerreiro, que lutou arduamente contra o colonizador para se proteger, proteger o seu território e as suas riquezas da ambição exploratória mercantil europeia. Em virtude dessas batalhas, foi quase dizimado. E, de outro, um povo submisso e indolente, que em troca de alguns presentes aceitou a presença dos colonizadores em seu território, entregando-lhes suas riquezas e abraçando a cultura branca.
Leia a matéria toda no link a seguir:



sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O IDH e a pobreza no Brasil

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dado utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para analisar a qualidade de vida de uma determinada população. Os critérios utilizados para calcular o IDH são:

- Grau de escolaridade: média de anos de estudo da população adulta e expectativa de vida escolar, ou tempo que uma criança ficará matriculada;

- Renda: Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, baseada na paridade de poder de compra dos habitantes. Esse item tinha por base o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, no entanto, a partir de 2010, ele foi substituído pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, que avalia praticamente os mesmos aspectos que o PIB, no entanto, a RNB também considera os recursos financeiros oriundos do exterior;

- Nível de saúde: baseia-se na expectativa de vida da população, reflete as condições de saúde e dos serviços de saneamento ambiental.

O Índice de Desenvolvimento Humano varia de 0 a 1, quanto mais se aproxima de 1, maior o IDH de um local.

De acordo com dados divulgados em novembro de 2010 pela ONU, o Brasil apresenta IDH de 0,699, valor considerado alto, e atualmente ocupa o 73° lugar no ranking mundial. A cada ano o país tem conseguido elevar o seu IDH, fatores como aumento da expectativa de vida da população e taxa de alfabetização estão diretamente associados a esse progresso.

No entanto, existem grandes disparidades sociais e econômicas no Brasil. As diferenças socioeconômicas entre os estados brasileiros são tão grandes que o país apresenta realidades distintas em seu território, o que torna irônica classificar o país com alto Índice de Desenvolvimento Humano.






terça-feira, 8 de setembro de 2015

TOPOGRAFIA E TECNOLOGIA, LandscapAR app!

Excelente ferramenta para trabalhar curvas de nível e relevo em sala de aula, testado e aprovado o aplicativo para sistema Android LandscapAR. Nova forma de app de realidade aumentada que transforma desenhos em uma paisagem 3D.
"Após uma breve explicação sobre curvas de nível e cartas topográficas o aluno deve fazer um desenho simples com uma caneta preta em um papel branco representando uma "carta topográfica" da sua imaginação.
Depois com a representação da "carta topográfica" em uma superfície escura e com o app devidamente instalado em seu celular ou tablet você produz o efeito do relevo.
Você pode salvar as imagens dos terrenos produzidos e em um projetor discutir a formação de cada uma com os seus alunos."

Click no link para fazer download do app: http://goo.gl/xzS4OX


 

Palestra sobre papel reciclado

      A palestra sucedeu-se na Escola Estadual Dr Mariano da Rocha na cidade de Teixeiras ministrada pelas alunas do curso de geografia Mábia Floresta e Maria Luzia da qual o público alvo era contemplado por alunos do 8ºano do ensino fundamental com idades entre 13 e 14 anos cujo tema é “Impactos do uso do papel no meio ambiente e reciclagem”. Logo após a palestra foi realizada uma atividade que tinha por objetivo fazer arte com folhas de revistas que já não tinham mais utilidades. Eles tiveram a liberdade de escolher o desenho que modéstia parte ficaram excelentes.
     No terceiro e último momento foi disponibilizado um pequeno vídeo de como fazer papel reciclado em casa.





Domínios morfoclimáticos

      Nos dias 18 e 25 de março foi realizado na escola Estadual Dr Mariano da Rocha na cidade de Teixeiras uma atividade do projeto geocine para os estudantes do 7º ano do ensino fundamental sobre domínios morfoclimáticos. Em um primeiro momento foi disponibilizado um pequeno vídeo educativo cujo o assunto si referia as florestas tropicais, logo após houve tempo para debates onde os alunos participaram bastante.
      No dia 25 foi realizada a parte pratica do projeto geocine na qual os estudantes divididos em grupos construíram um quebra cabeça com as macrorregiões do Brasil, depois de montando eles coloriram o mapa delimitando cada domínio inclusive a faixa de transição. O trabalho ficou excelente e foi possível perceber que ele serviu de base para os estudos em sala e também nas provas.



sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A História das Coisas....

Você já assistiu o curta : A HISTÓRIA DAS COISAS ? Não ? Ele fala da obsolescência das coisas que consumimos, da moda , publicidade e a mídia e sua influência sobre nós. E principalmente da nossa falta de tempo… Mostra ainda :

“A extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.

História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo.

História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.”




quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Construindo o Planeta Terra

O Planeta Terra está situado na via Láctea e faz parte do sistema solar, de todos os planetas integrantes somente a Terra possui temperaturas favoráveis ao desenvolvimento e proliferação da vida, isso por que nosso planeta não é muito quente e nem muito frio. Em circunstâncias normais a temperatura média da Terra é de 15ºC.

A Terra realiza diversos movimentos, porém os principais são os de rotação e translação. O primeiro corresponde a um movimento que a Terra realiza em torno de si mesma e que requer vinte quatro horas para ser concretizado, esse é responsável pelo surgimento dos dias e das noites.
O segundo corresponde ao movimento que a Terra realiza em torno do sol e para completá-lo são necessários 365 dias e 6 horas e 366 dias nos anos bissextos, as seis horas são somadas ao longo de quatro anos, totalizando 24 horas ou um dia. O movimento de translação é responsável pelo surgimento das estações do ano, essa variação no clima corresponde às posições que a Terra se encontra em relação ao sol em determinados períodos do ano.

O Planeta Terra é composto por camadas que partem desde a superfície terrestre até o núcleo, desse modo são denominadas litosfera, crosta, manto, astenosfera, núcleo externo e núcleo interno. Todas essas camadas são formadas por diferentes tipos de minérios e gases, embora os principais sejam: ferro, oxigênio, silício, magnésio, níquel, enxofre e titânio.

A respeito da formação do Planeta Terra existem duas explicações: o evolucionismo e o criacionismo, o primeiro se baseia na teoria do Big Bang e o segundo acredita na criação divina, ou seja, criada por Deus.

Atualmente, a teoria mais aceita perante a classe científica é de que o planeta Terra teria sua formação a partir do agrupamento de poeira cósmica, logo depois houve um aquecimento promovido por grandes reações químicas, essa junção formou corpos maiores devido à gravidade. A gravidade existente atraiu alguns gases formando assim uma espécie de atmosfera primitiva.

Os elementos que favorecem a vida na Terra são chamados de Biosfera ou “esfera da vida”, essa é composta pela litosfera, atmosfera e hidrosfera formada há aproximadamente 3,5 bilhões de anos. Os elementos citados interagem entre si e com os seres vivos presentes no planeta Terra (animais, vegetais e o homem).

Características gerais do planeta Terra:

Diâmetro total do planeta: 510 milhões de quilômetros quadrados.

Distância em relação ao sol: aproximadamente 150 milhões de quilômetros.

Terras emersas: 149 milhões de quilômetros quadrados.

Área dos oceanos e mares: 360 milhões de quilômetros quadrados.

Profundidade média dos oceanos: 3.795 metros.

Velocidade média da órbita: 29,79 quilômetros por segundo.

Idade da Terra: cerca de 4,5 a 5,0 bilhões de anos.

Ponto mais alto da Terra: Everest, localizado no Nepal (China).

Estações do ano no hemisfério sul: Verão (21 de dezembro a 21 de março);
Outono (21 de março a 21 de junho);
Inverno (21 de junho a 23 de setembro);
Primavera (23 de setembro a 21 de dezembro).

Média de nascimentos no mundo:

Por segundo: 3 nascimentos.
Por minuto: 178 nascimentos.
Por hora: 10.665 nascimentos.
Por dia: 255.953 nascimentos.


Veja o vídeo e irá compreender a fragilidade do sistema Terra.


terça-feira, 1 de setembro de 2015

Vulnerabilidade social cai, mas ainda é alta no Norte e no Nordeste, diz Ipea

O Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) no Brasil caiu 27% entre 2000 e 2010, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (1º) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O indicador que mede a exclusão social da população passou de 0,446 para 0,326 em uma década. Com o resultado, o Brasil passa da faixa de alta vulnerabilidade social para a faixa média do índice.

O estudo reúne 16 parâmetros de infraestrutura urbana, saúde, educação, renda e trabalho. Quanto maior o índice, piores são as condições de vida da população. O levantamento atualiza o índice dos 5.565 municípios brasileiros, segundo avaliação feita em 2010.




A quantidade de municípios com vulnerabilidade social baixa ou muito baixa subiu de 638 para 2.326 em dez anos, segundo o documento. Os municípios com alta ou muito alta vulnerabilidade, que eram 3.610 em 2000, somaram 1.981 em 2010. A melhoria foi mais intensa nos indicadores de trabalho e renda, e menor na área de infraestrutura urbana, segundo o Ipea.

Ao analisar os dados, o instituto reconhece a permanência de "um quadro de disparidades regionais", com a concentração das populações "mais vulneráveis" no Norte e no Nordeste. O problema se agrava em estados como Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Pernambuco, Rondônia e em parte da Bahia.

Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, cerca de metade dos municípios está na faixa de baixa vulnerabilidade social, com IVS entre 0,2 e 0,3. A melhoria no índice nacional é impulsionada pela região Sul, que tem 341 municípios (28,7% do total) na faixa "muito baixa", inferior a 0,2.

Prosperidade social
O relatório divulgado pelo Ipea faz a relação entre o IVS e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) – atualizado pela última vez em 2013 –, em um conceito chamado de "prosperidade social".

Apesar da melhora nos indicadores, 1.307 municípios, ou 23,48% do país, estão na faixa de prosperidade social muito baixa, com IDHM baixo e vulnerabilidade alta. Desse número, 8 em cada 10 municípios estão na região Nordeste. Apenas 2,9% dos municípios nordestinos têm prosperidade alta ou muito alta, diz o relatório.

Na outra ponta do índice, 1.677 municípios (30,13% do total) têm prosperidade social muito alta, com IDHM alto e IVS baixo. O número também tem forte impacto das regiões Sul e Sudeste, responsáveis por nove em cada dez municípios "muito prósperos.

"O conjunto de mapas e gráficos demonstra que a melhoria nas condições de prosperidade social não ocorreu de forma homogênea em todo o território nacional. Enquanto a maior parte dos municípios do centro-sul do país avança para os níveis mais altos da combinação entre alto desenvolvimento humano e baixa vulnerabilidade social, os municípios do Norte e Nordeste permanecem, em sua maioria, à margem do desenvolvimento enquanto processo capaz de reduzir a vulnerabilidade social", diz o relatório.

"Isso evidencia a existência de um país polarizado, com realidades, necessidades e prioridades distintas, que devem ser mais profundamente investigadas a fim de superar as, ainda existentes, desigualdades regionais", diz a parte do texto que encerra a publicação.