segunda-feira, 16 de novembro de 2015

NADA DE ROUPAS PRETAS NO VERÃO PESSOAL!

O albedo foi o objeto de estudo central para esta intervenção, que finaliza o projeto intitulado "Consciência Socioambiental: Uma proposta para o Ensino de Geografia", integrando conteúdos relacionados à temática do Clima, da Vegetação e da Urbanização (a pedido da professora) em um único ato, sempre direcionados pela discussão da Geografia.
Partimos de uma experiência simples mas que quando aplicada à dinâmica da cidade é capaz de revelar muitas de nossas dúvidas, principalmente às que dizem respeito ao conforto térmico, que afeta nossas vidas de forma concreta.


Materiais utilizados: 2 copos de vidro cheios de areia seca, cartolina preta e branca para tampar cada um dos copos e 2 termômetros de fácil visualização acoplados às superfícies recém formadas.
Após a exposição ao sol por alguns minutos obtivemos os seguintes resultados: na superfície branca o marcador eleva-se de maneira lenta e gradual até atingir a temperatura de 36°C enquanto que a superfície de cor preta eleva-se rapidamente até atingir o máximo de temperatura proporcionado pelo termômetro em questão, 43°C. Em seguida retira-se a tampa dos copos a fim de medir a temperatura da areia, sendo que a que se encontrava no copo de superfície branca chegou a 34°C enquanto que a do pote de superfície preta atingiu 38°C.
Fica claro que a quantidade de calor refletido varia de acordo com a cor da superfície, as mais claras refletem mais do que absorvem enquanto que as mais escuras absorvem mais do que refletem. Portanto, nada de roupas pretas no verão em pessoal!

Partindo desta experiencia tornou-se possível explicações relacionadas ao clima urbano e uma apresentação rápida do caso de Viçosa/MG, dada a proximidade dos envolvidos com a cidade.
Brisa de montanha, verticalização, ilha de calor, comparação entre centro e periferia, cor das construções, o centro e a UFV dentre outros tópicos...


É interessante lembrar que a vegetação ou o reflorestamento surge em meio ao debate como uma alternativa à problemática do conforto térmico, entretanto como podemos visualizar na imagem abaixo seus respectivos albedos máximos (asfalto e árvore) são muito próximos (0,18 e 0,20). O que explica esta evidência?


Enquanto o asfalto absorve o calor e não o utiliza em mais nenhum outro processo a árvore e a vegetação em geral o transforma em fonte de energia no processo de fotossíntese, atuando como um verdadeiro ar condicionado natural.


 
                               

Enfim, obrigado a todos os envolvidos durante esse tempo de convivência, professores, colegas bolsistas e principalmente a toda essa molecada dos 1ºs anos 3, 5, 8 e 9 (e obviamente a escola como um todo) que dão trabalho (e muito!) mas também proporcionam grandes risadas e momentos de aprendizado.

Como mensagem final, dentro daquilo que comentamos durante as aulas, nunca se esqueçam de que tudo está conectado, homem e natureza compondo um todo chamado vida. E é dessa relação que vivemos, crescemos e sobrevivemos.

Obrigado pela paciência e audiência, até a próxima!

Referências Bibliográficas
OLIVEIRA, Gilvan Sampaio de. Mudanças Climáticas: ensino fundamental e médio. Brasília: MEC. SEB; MCT; AEB, 2009.