sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Dia da Consciência Negra - Colégio Municipal Rio Branco 


No dia 22 de novembro de 2017 no Colégio Municipal de Rio Branco, no período vespertino recebemos a presença do projeto Akewi ministrado pela Clara Costa de Viçosa onde foram expostos diversas poesias e a pratica da oralidade foi trabalhada, mostrando aos alunos do 7° e 6° anos artes dos movimento negro e um histórico sobre o hip hop e suas vertentes, incluindo a poesia na qual foi a mais evidenciada. Uma  das poesias declamadas pela convidada  foi a seguinte:

Compositor: Eduardo Taddeo
Arranjador e Intérprete: Yzalú
Mulheres Negras (Letra)
Enquanto o couro do chicote cortava a carne, a dor metabolizada fortificava o caráter;
A colônia produziu muito mais que cativos, fez heroínas que pra não gerar escravos matavam os filhos;
O sistema pode até me transformar em empregada, mas não pode me fazer raciocinar como criada;
Não fomos vencidas pela anulação social, sobrevivemos à ausência na novela, no comercial;
Lutam pra reverter o processo de aniquilação que encarcera afros descendentes em cubículos na prisão;
Enquanto mulheres convencionais lutam contra o machismo, as negras duelam pra vencer o machismo, o preconceito, o racismo;
Pelo processo branqueador não sou a beleza padrão, mas na lei dos justos sou a personificação da determinação;
Não existe lei Maria da Penha que nos proteja, da violência de nos submeter aos cargos de limpeza;
De ler nos banheiros das faculdades hitleristas, fora macacos cotistas;
Se um dia eu tiver que me alistar no tráfico do morro, é porque a Lei Áurea não passa de um texto morto;
Navios negreiros e apelidos dados pelo escravizador falharam na missão de me dar complexo de inferior;
Não sou a subalterna que o senhorio crê que construiu, meu lugar não é nos calvários do Brasil;
Não quero um pote de manteiga ou um xampu, quero frear o maquinário que me dá rodo e Uru;
Não precisa se esconder segurança, sei que cê tá me seguindo, pela minha feição, minha trança;
Sei que no seu curso de protetor de dono praia, ensinaram que as negras saem do mercado com produtos em baixo da saia;
Mulher negra não se acostume com termo depreciativo, não é melhor ter cabelo liso, nariz fino;
Fazer o meu povo entender que é inadmissível, se contentar com as bolsas estudantis do péssimo ensino;
Cansei de ver a minha gente nas estatísticas, das mães solteiras, detentas, diaristas.
O aço das novas correntes não aprisiona minha mente, não me compra e não me faz mostrar os dentes;
Podem pagar menos pelos os mesmos serviços, atacar nossas religiões, acusar de feitiços;
Nossos traços faciais são como letras de um documento, que mantém vivo o maior crime de todos os tempos;
Fique de pé pelos que no mar foram jogados, pelos corpos que nos pelourinhos foram descarnados. Menosprezar a nossa contribuição na cultura brasileira, mas não podem arrancar o orgulho de nossa pele negra;
Não deixe que te façam pensar que o nosso papel na pátria, é atrair gringo turista interpretando mulata;




Dia da Consciência Negra - Colégio Municipal de  Rio Branco 

Geovanna Januario 
Evelyn Freire
Talita Costa 

No dia 22 de novembro de 2017 no período vespertino, no colégio municipal de Rio Branco foi evidenciado o dia da consciência negra, comemorado no dia 20 de novembro, onde um grupo de grafite e manifestação urbana de viçosa chamado Grafias Á Margem, atuo levando aos alunos atividades de grafites onde imagens e personagens influenciadores do movimento negro tanto no Brasil quanto no mundo foram destacados e enaltecidos. Contando um pouco sobre suas histórias e mostrando aos alunos um breve histórico da cultura do grafite. 





Dia da Consciência Negra - Colégio Municipal Rio Branco


 Dia da Consciência Negra - Colégio Municipal Rio Branco 

Geovanna Januario
Evelyn Freire
Talita Costa 

No dia 22 de novembro de 2017 foi realizado no Colégio Municipal de Rio Branco uma atividade interativa com os alunos 7° do período da tarde e da manhã e  6° da tarde do ensino fundamental na qual consistiu em trazer manifestações culturais e um debate etno-racial sobre o papel da população negra no Brasil e qual sua importância dentro de tantas histórias omitidas. 

 Como no 20 de novembro é considerado o dia da consciência negra a atividade mostrou a importância de Zumbi e Dandara dos palmares para a construção da sociedade Brasileira e toda sua história de luta contra o preconceito racial. A relação entre as músicas manifestações criadas nas periferias foram levadas como exemplo mostrando como ainda dentro da sociedade existe relatos de racismo e situações consideradas como crime, colocando bem em evidência como essas atitudes devem ser evitadas tanto dentro quanto fora das escolas. 

Banner apresentado no SIA - 2017


Banner apresentado no SIA (Simposio de Integração Academica - UFV) pelo bolsista Vinícius Vieira de Almeida, que atua na escola E.E. Dr Mariano da Rocha